Os Grupos de Teatro da CEBI já apresentaram as peças que estiveram a trabalhar ao longo do Ano Letivo. O trabalho e a dedicação refletiram-se em palco e na “casa cheia” que ambos os Grupos tiveram nas diversas sessões.
Com apoio de Companhias de Teatro Profissionais, os Grupos da CEBI atuaram em espaços lisboetas, mas os espetáculos foram inteiramente pensados e produzidos pelos profissionais do Colégio José Álvaro Vidal – encenações, cenografias e figurinos ficaram a cargo de alunos e Professores, que mais uma vez voltaram a surpreender.
Uma espécie de continuação de “Wayward Pines”
“Primeira Geração”, um texto de Nuno Gonçalo Rodrigues, foi trabalhado pelo Grupo de Teatro dirigido por Gonçalo Quirino. Durante a interpretação, que contou com o apoio dos “Artistas Unidos” e do Grupo “Os Possessos”, os jovens atores assumiram-se como “o controlo remoto da televisão”. Que não desliga. Até porque, não se pode “destruir um mundo que acaba de nascer”. Uma peça que podia ser “um sonho”, mas também “ser outra coisa”, onde as personagens acordam e têm “uma nova vida”. Foram só eles em palco – “os novos” – e foram só as escolhas deles – “só nós sabemos o sentido, a direção, o programa”.
Em cena no Teatro da Politécnica durante três dias, num total de quatro sessões abertas ao público, a peça “foi uma espécie de continuação da série televisiva “Wayward Pines”, dirigida por M. Night Shyamalan, cuja primeira temporada esteve recentemente em exibição.
Dois palcos em simultâneo em “Bilingue”
Com o apoio do Teatro Praga e com a coordenação da Professora Catarina Loureiro, da CEBI, o Grupo Cénico apresentou um texto de José Maria Vieira Mendes. Nove jovens procuraram “deslindar o puzzle de quem são”. As suas personagens confessaram, em palco, ser “muitas coisas” e, ao mesmo tempo, não saberem quem são – “eu sou força. Tu és raiva. Ele é grito. Ela é selva. Nós somos mentira. Eu sou silêncio. Tu és terra. Ele é fraqueza. Nós somos arrogantes. Nós somos cultos. Nós somos memória. Eu sou amor. Eu sou vento. Eu sou pop. Ele é mágico. Nós somos filhos. Eu sou beleza. Ele é medo. Eu sou Europa. Nós somos futuro. Ela quer andar por aí. Ele quer amar. Ela procura. Eles procuram. Ele esconde-se. Nós somos segredo. Ele é Dorothy. Ela é Alice. Nós somos Penélope. Eu sou crescido. Eu sou criança. Eu sou cor-de-rosa. Ela é azul. Eu sou sensível. Eu sou piroso. Eu acredito em unicórnios”, afirmaram.
“Bilingue” deu nome à interpretação, apresentada em simultâneo em dois palcos, em duas sessões abertas ao público, criados “costas com costas” no espaço “Rua das Gaivotas 6”.